segunda-feira, 1 de abril de 2013

Preconceito Racial No Brasil




Preconceito Racial


O homem de tempos atrás não apresentava tamanho leque de conhecimentos e compreensão sobre o mundo em que vivia. Por isso, achava que de fato a raça negra era inferior e com isso a escravizava.Não só os negros foram vítimas da ignorância humana, mas também outros grupos e etnias como os ciganos, mulheres e judeus. A combater o preconceito racial no Brasil não é uma questão simplória. É preciso que a nossa História seja contada sem trauma nem rancor. O passado de preconceitos não se pode refletir em um futuro de discriminações, mágoas e dívidas a pagar.

O preconceito racial atualmente é questionado pela ciência como no texto apresentado de Sérgio Danilo Pena (especialista em mapeamento do código genético), visto que a ciência ao decifrar nosso código genético comprovou que as diferenças no DNA entre brancos e negros são efêmeras e praticamente inexistentes. Partindo desse pressuposto, já seria uma ignorância tentar distinguir raças e o pior caracterizá-las e discriminá-las. injustiça social, então passou a excluir cada vez mais grupos desfavorecidos. Esse processo histórico deixou conseqüências nefastas às mais variadas pessoas.

Estamos agora em pleno século XXI e com mapeamento do nosso código genético decifrado. A ciência nos provou que na verdade não há raças na espécie humana, mas apenas pequenas variações genéticas para que o homem possa se adaptar melhor no meio em que vive. Não é mais pertinente o preconceito racial, já que raças não existem. A atual lei criada pelo ex-governador Garotinho não só fere os princípios da própria ciência, como também, em pleno século XXI nos faz voltar ao século XIX. Será que essa insensatez vai ser alimentada por isso uma raça que na verdade nem existe: os negros? Isso nos faz lembrar a África do Sul de outrora, em que o "apartheid", ou seja, a segregação racial era enorme. Será que aqui no Brasil esse "apartheid" não vem maquiado pela lei aparentemente benéfica?

Os negros sem dúvida sofreram grandes injustiças no passado, mas o passado não pode ser refletido no presente e nem no futuro. Se ainda há o preconceito, a sociedade tem que ser educada através de propagandas e de punições severas quando for detectado atitudes ou atos de discriminação.

Faz-se necessário à devida conscientização do povo que a própria ciência já nos mostra e derruba a teoria arcaica das raças na espécie humana. Portanto, não existe a raça negra, branca, amarela nem vermelha. O que existe são pequenas variações que são aproveitadas por mentes vesanas para estimular o preconceito étnico. As diferenças étnicas, de crença, religião e cultura, devem ser respeitadas e aceitas em sua essência desde que essas não transcendam os direitos humanos. A peculiaridade de cada povo deve ser entendida e respeitada para que possamos continuar com a riqueza das múltiplas culturas existentes em nosso país e, principalmente, para que o preconceito racial chegue ao fim. Em um país miscigenado como o nosso temos que entender melhor a explicação da ciência: todos nós temos a mesma essência física nos diferenciamos apenas em questões tênues e inconcebíveis para que haja qualquer discriminação.

Texto elaborado por:
Bernardo Seabra
bernardinho17@hotmail.com









   Preconceito racial põe Brasil e Estados Unidos em pé de igualdade


O abismo em termos de desenvolvimento econômico que separa os Estados Unidos do Brasil é

mínimo quando o assunto é inclusão social da população negra. Em ambos os países, o racismo ainda é um fator de risco seja no acesso à educação de qualidade, ao trabalho e remuneração e mesmo no atendimento no sistema de saúde.

 O último relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), "A Hora da Igualdade no Trabalho", divulgado no dia 12 de maio, mostra que apesar de avanços em alguns indicadores sociais, no Brasil, a situação de desemprego persiste na população negra: a renda mensal de um trabalhador negro é 50% inferior a do branco.

Nos EUA, para cada dólar pago a um branco, um negro recebe o equivalente a 40% desse valor. De acordo com os Indicadores Sócio-econômicos do Censo norte-americano sobre a década de 90, 10% da população branca vivia na pobreza, contra 29,5% da negra.

Os dados são do sociólogo e professor David Willians, do Institute for Social Research da Universidade de Michigan (EUA), anunciados durante palestra realizada na Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, nesta quarta-feira (14/05/03).

O foco de trabalho de Willians é nas causas sociais que implicam diretamente na saúde da população negra nos EUA. Segundo ele, o racismo não está apenas nos setores educacionais e no mercado de trabalho. "O número de mortes em consequência de doenças consideradas mais incidentes na população, como problemas cardíacos, câncer e diabetes é maior entre os negros. Em muitos casos, isso se deve a diferença racial que existe desde o momento do diagnóstico até a qualidade do tratamento oferecido", explica.

Presume-se que a qualidade de vida de uma população esteja diretamente ligada a condições sócio-econômicas. No entanto, mesmo pagando pelo mesmo serviço, segundo Willians, a receptividade e o tratamento dado a negros e brancos é diferente.

Com um acesso dificultado à saúde e a uma renda melhor, o ingresso no ensino superior diferenciado não haveria de ser diferente. "Para entrar numa universidade americana, o aluno precisa ter uma boa pontuação no SAT (teste parecido com o vestibular brasileiro, mas serve para todo o território nacional). Quanto melhor a pontuação, melhor a faculdade. Mas como um aluno negro, que já tem seu acesso limitado dentro da sociedade, pode entrar na melhor universidade se isso significa mensalidades mais altas também?", questiona Willians.

No Brasil, a situação também não é muito diferente. Estudo realizado pela Comissão de Políticas Públicas para a População Negra (CPPN), durante o período de matrícula do segundo semestre de 2001, revelou que apenas 1,3% dos alunos de graduação da Universidade de São Paulo (USP) são negros.

(Bianca Justiniano - 14/05/03)

Fonte: Portal o Aprendiz    www. aprendiz.org.br



 




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